A Copa do Mundo de 2022, disputada no Catar, era vista com grande expectativa pelos brasileiros. O trabalho de longo prazo desenvolvido pelo técnico Tite mostrou resultado no ciclo de quatro anos, o que colocou a Seleção Brasileira como a principal favorita ao título. Entretanto, o que se viu não foi bem o esperado.
O rendimento coletivo funcionou em determinados momentos, o individual também, mas de modo geral, o Brasil não entregou o mesmo nível de atuação das Eliminatórias da América do Sul, por exemplo, quando se classificou em 1º ao Mundial, com muita sobra. No fim, assim como em 2018 e outras edições recentes, a Seleção Canarinha caiu nas quartas de final.
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A escalação-base brazuca tinha: Alisson (Liverpool-ING), Danilo (Juventus-ITA), Thiago Silva (Chelsea-ING), Marquinhos (Paris Saint-Germain-FRA) e Alex Sandro (Juventus-ITA); Casemiro (Manchester United-ING), Lucas Paquetá (West Ham-ING) e Neymar (Paris Saint-Germain-FRA); Raphinha (Barcelona-ESP), Vinícius Júnior (Real Madrid-ESP) e Richarlison (Tottenham-ING).
Outros convocados por Tite foram: Weverton (Palmeiras), Éderson (Manchester City-ING), Daniel Alves (Pumas-MÉX), Alex Telles (Sevilla-ESP), Éder Militão (Real Madrid-ESP), Bremer (Juventus-ITA), Fred (Manchester United-ING), Fabinho (Liverpool-ING), Bruno Guimarães (Newcastle United-ING), Éverton Ribeiro (Flamengo), Antony (Manchester United-ING), Gabriel Jesus (Arsenal-ING), Martinelli (Arsenal-ING), Rodrygo (Real Madrid-ESP) e Pedro (Flamengo).
Números e campanha
Ao longo da campanha, o Brasil somou três vitórias (Sérvia, Suíça e Coréia do Sul), um empate (Croácia) e uma derrota (Camarões). Levando em consideração a edição anterior, em 2018, na Rússia, quando a Verde-Amarela também foi eliminada nas quartas de final, em 2022 o rendimento foi idêntico.
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Precisamente, foram três vitórias (Sérvia, Costa Rica e México), um empate (Suíça) e uma derrota (Bélgica). A diferença foi que em 22 a Seleção Canarinha perdeu ainda na fase de grupos, na terceira rodada, enquanto em 18 perdeu justamente na partida da eliminação, nas quartas de final do torneio.
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Brasil 2 x 0 Sérvia
- Gols: Richarlison (duas vezes)
- Finalizações: 23 (14 certas)
- Passes: 591 (504 certos)
- Posse de bola: 58%
- Impedimentos: 1
- Escanteios: 6
- Cartões amarelos: 0
- Cartões vermelhos:0
- Faltas cometidas: 7
- Faltas sofridas 12
Foi uma partida muito consistente do Brasil, que dominou as ações ofensivas durante grande parte dos 90 minutos. O nervosismo de estreia trouxe alguns problemas na primeira etapa, tanto que o zero não saiu do placar, mas na segunda a Seleção Brasileira se soltou e anotou os dois anotados por Richarlison, um deles de voleio.
Brasil 1 x 0 Suíça
- Gols: Casemiro
- Finalizações: 11 (8 certas)
- Passes: 564 (483 certos)
- Posse de bola: 52%
- Impedimentos: 3
- Escanteios: 8
- Cartões amarelos: 1
- Cartões vermelhos: 0
- Faltas cometidas: 10
- Faltas sofridas: 17
Como de costume, a Suíça soube se segurar bem na defesa e dificultou as ações ofensivas brasileiras. O Brasil foi bem e não chegou a ser muito ameaçado lá atrás. O cadeado suíço foi quebrado já na reta final do confronto, de quem menos se esperava, o volante e capitão Casemiro, numa bela finalização de dentro da área.
Camarões 1 x 0 Brasil
- Gols:
- Finalizações: 21 (10 certas)
- Passes: 556 (488 certos)
- Posse de bola: 63%
- Impedimentos: 1
- Escanteios: 11
- Cartões amarelos: 2
- Cartões vermelhos: 0
- Faltas cometidas: 14
- Faltas sofridas: 14
Com a classificação ao mata-mata assegurada, Tite promoveu algumas mudanças na escalação, para dar mais rodagem ao elenco, mas a ideia se mostrou equivocada, uma vez que a Seleção Brasileira, embora tenha dominado as ações da partida, não conseguiu ser efetiva, ainda sofreu gol de Camarões contra-ataque e saiu derrotada.
Brasil 4 x 1 Coréia do Sul
- Gols: Vinícius Júnior, Neymar, Richarlison e Lucas Paquetá
- Finalizações: 17 (11 certas)
- Passes: 589 (523 certos)
- Posse de bola: 52%
- Impedimentos: 0
- Escanteios: 5
- Cartões amarelos: 0
- Cartões vermelhos: 0
- Faltas cometidas: 8
- Faltas sofridas: 13
Foi de longe a melhor atuação da Seleção Brasileira naquela Copa do Mundo. O próprio resultado mostrou isso. O placar expressivo foi construído ainda no primeiro tempo, com direito a um rendimento acima da média, tanto que esperava-se um resultado ainda mais elástico, mas a Coréia do Sul se protegeu melhor na segunda etapa e ainda diminuiu.
Croácia 1 (4) x (2) 1 Brasil
- Gols: Neymar
- Finalizações: 20 (17 certas)
- Passes: 677 (601 certos)
- Posse de bola: 49%
- Impedimentos: 3
- Escanteios: 7
- Cartões amarelos: 3
- Cartões vermelhos: 0
- Faltas cometidas: 24
- Faltas sofridas: 22
O jogo da eliminação. Para o torcedor é até difícil lembrar daquele momento. Após a empolgação com a classificação passada, o Brasil enfrentou a Croácia, que já não era a mesma vice-campeão do mundo em 2018, mas ainda tinha qualidade, o que ficou provado em campo. Os croatas foram inteligentes, aproveitaram as fraquezas brasileiras, levaram o confronto para a prorrogação e se classificaram nas penalidades.
Artilheiros
- Richarlison – 3 gols
- Neymar – 2 gols
- Lucas Paquetá – 1 gol
- Vinícius Júnior – 1 gol
- Casemiro – 1 gol
Garçons
- Vinícius Júnior – 2 assistências
- Rodrygo – 1 assistência
- Neymar – 1 assistência
- Lucas Paquetá – 1 assistência
- Thiago Silva – 1 assistência
Números totais
- Gols: 8
- Gols sofridos: 3
- Finalizações: 92 (60 certas)
- Passes: 2.977 (2.599 certos)
- Posse de bola: 54,8% (média)
- Impedimentos: 8
- Escanteios: 37
- Cartões amarelos: 6
- Cartões vermelhos: 0
- Faltas cometidas: 63
- Faltas sofridas: 78
Com o insucesso na Copa do Mundo, Tite deixou o comando técnico e encerrou o trabalho de seis anos à frente da Seleção Brasileira. Ele assumiu em junho de 2016, na vaga de Dunga, e conseguiu ótimos números, um título, da Copa América de 2019, disputada no Brasil, mas não brilhou nos Mundiais. Tanto em 2018 quanto em 2022 não passou das quartas de final e foi eliminado por seleções que nunca foram campeãs mundiais, casos de Bélgica e Croácia, respectivamente.