Vice em 1982. Vice em 1986. Franz Beckenbauer chegava ao comando da Alemanha para exorcizar o fantasma dos últimos vices em Copas do Mundo.
Ao alcançar seu objetivo, o capitão de 1974 teve a ajuda de Brehme, Berthoud e Matthaus para levantar a taça. Além disso, o tricampeonato embalou as celebrações da reunificação alemã.
Em uma chave fácil na fase de grupos, a Alemanha avançou sem dificuldades e mostrou seu favoritismo. Iugoslávia e Emirados Árabes foram goleados. Com a classificação alemã, restou para a Colômbia o empate.
Nas oitavas de final, a adversária foi a campeã europeia de 1988: Holanda. Com um primeiro tempo morno e violento, uma expulsão para cada lado, o placar não saiu do 0 a 0. Na segunda etapa, os alemães resolveram o jogo com Klinsmann seguindo por Brehme. Os holandeses ainda descontaram, mas era tarde. Alemanha nas quartas de final (2 a 1).
A extinta Tchecoslováquia deu trabalho para a equipe de Beckenbauer. Em Milão, o jogo de placar mínimo foi resolvido pelo capitão Matthaus. Alemanha classificada (0 a 1). O próximo confronto seria contra a forte Inglaterra de Lineker.
Na semifinal, como esperado, os ingleses deram trabalho no ataque e foram melhores no primeiro tempo. Nos outros 45 minutos os alemães voltaram melhores e marcaram logo no início. Brehme. Faltando dez minutos para o fim, Lineker arrancou o empate e levou o jogo para prorrogação.
Sem gols até os 120 minutos, o árbitro José Roberto Wright apitou o fim de jogo (1 a 1). Os alemães venceram (4 a 3) e foram à final pela terceira vez seguida.
A oponente foi uma vez a Argentina, a mesma que venceu em casa em 1978. e a carrasca de 1986. Mas, mesmo defendendo o título e com Diego Maradona, a campanha “hermana” na Copa vinha aos trancos e barrancos.
Na fase de grupo, só avançou por conta do regulamento, já que ficou em terceiro lugar no grupo. Passou pelo Brasil (de Dunga e Taffarel) por um placar mínimo. Eliminou Iugoslávia e Itália nos pênaltis. Um prato cheio para a Alemanha que vinha embalada.
Roma foi o palco da grande final. Mesmo com a expectativa de uma decisão cheia de gols, os primeiros 45 minutos acabaram sem mudar o placar. Na volta, a Alemanha atacava mais e tinha as melhores chances. Maradona passava em branco.
Os argentinos usavam sua única arma: as faltas. Não à toa tiveram dois expulsos. Numa dessas, pênalti para os alemães. Brehme, especialista, marcou o gol e seu nome na história. A Argentina, apática, não reagiu (1 a 0). Apito final, Alemanha tricampeã mundial.
Com a taça nas mãos, o grito de três Copas saiu da garganta. Beckenbauer se uniu a Zagallo como campeão como jogador e técnico. Além disso, a Alemanha teve o melhor ataque no Mundial com menor média de gols.
Elenco da Seleção Alemã de 1990
Goleiros
- Bodo Illgner
- Raiman Aumann
- Andreas Kopke
Laterais direitos
- Paul Steiner
Zagueiros
- Thomas Berthold
- Klaus Augenthaler
- Guido Buchwald
- Andreas Brehme
Laterais esquerdos
- Hans Pfluger
Volantes
- Lothar Matthaus
- Olaf Than
- Gunter Hermann
Meias
- Thomas Hassler
- Pierre Littbarski
- Stefan Reuter
- Andreas Moller
- Uwe Poein
Atacantes
- Rudi Völler
- Juger Klinsmann
- Frank Mill
- Karl-Heinz Riedle
Técnico
- Franz Beckenbauer